A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana que está sobre a parte branca do olho (esclera). Por conta dessa característica, a doença é sinônimo de olho irritado, vermelho, coçando, ardendo, enfim, algo que nos incomoda a cada piscar.
É uma doença muito comum, e pode ter muitas causas. Entre os tipos mais frequentes estão as conjuntivites alérgicas, bacterianas ou virais. Cada uma tem suas particularidades e exige tratamento específico.
A conjuntivite alérgica não é contagiosa ou transmissível. É uma reação do próprio organismo a uma ou mais substâncias, como, por exemplo, fumaça, pólen, ácaro, pigmentos, seivas, cloro de piscinas, produtos de limpeza ou de maquiagem.
Até mesmo o esmalte pode levar à irritação dos olhos, desde que a pessoa tenha alergia a algum tipo específico de substância presente no produto. É o mesmo caso da maquiagem; se você não for alérgico, maquiar-se não vai lhe fazer mal.
Já a conjuntivite viral é altamente contagiosa. Frequente no verão, não costuma ser grave, não há secreção e quando está presente costuma ser clara ou transparente. O problema provoca muito incômodo, podendo levar ao embaçamento da visão e inchaço das pálpebras.
No tipo viral, são necessários vários cuidados de higiene, como lavar as mãos com frequência, usar toalhas individuais, lenços descartáveis, lavar a fronha do travesseiro e higienizar o ambiente que frequenta com álcool, bem como equipamentos como celular, teclados, controles remotos. Tais cuidados são fundamentais para que não se transforme em epidemia. São necessários 15 a 20 dias para desaparecer os sintomas, mesmo com tratamento adequado, que geralmente costuma ser apenas sintomático e paliativo.
O terceiro tipo, a conjuntivite bacteriana, apresenta sintomas parecidos, porém com secreção amarelada e abundante. É também contagiosa, razão pelo que se recomenda os mesmos cuidados higiênicos adotados na conjuntivite viral. Com tratamento antibiótico adequado, em 5 a 7 dias os sintomas melhoram.
De uma maneira geral, para diminuir os sintomas e o desconforto surgidos com a conjuntivite, podem ser utilizadas compressas geladas sobre as pálpebras, limpeza dos olhos quando necessário e a adoção de colírios lubrificantes.
O tratamento específico depende do tipo de conjuntivite e somente um oftalmologista pode diagnosticar e tratar corretamente cada uma delas.
Você não quer pegar conjuntivite? Então algumas medidas devem ser tomadas:
Tenha o hábito de lavar suas mãos com frequência ou usar álcool gel.
Não coloque as mãos nos olhos e não os coce, para evitar a contaminação ou a recontaminação. Sim, a conjuntivite volta!!!
Se usar colírios, lave as mãos antes e depois do uso e nunca encoste o frasco do medicamento nos cílios.
Não use lentes de contato enquanto estiver com conjuntivite.
Não compartilhe lençóis, toalhas, travesseiros e outros objetos de uso pessoal de quem está com conjuntivite.
Evite piscinas.
Não use maquiagem de outras pessoas (nem empreste as suas).
Não compartilhe toalhas de rosto.
Não use medicamentos, principalmente pomadas e colírios, sem prescrição, mesmo que tenham sido indicados por alguém de sua confiança.
Adotando estes cuidados, você irá se prevenir da conjuntivite, evitando futuros desconfortos nos olhos.
Abraços a todos!
Marcelo Creppe – Oftalmologista
CRM 82218-SP / RQE 41042 / CBO 104.343