Olá, tudo bem?

Em razão de dúvidas comuns aos pacientes observadas no dia a dia do consultório e por entender que cabe ao médico, também, a função de educar para a saúde, inicio aqui, com continuidade a ser publicada na próxima semana neste blog, uma série de dois textos sobre a capacidade da visão e os olhos. Vamos lá?

Visão é a capacidade de enxergar aquilo que não pode ser visto apenas com os olhos. A neurociência tem demonstrado a cada dia que o que enxergamos é diferente para cada pessoa, mas esse tema vai ficar para outro post, hoje vou falar apenas como a imagem chega até a retina de nossos olhos.

Enxergar é uma complexa função que se inicia com a captura da imagem pelos olhos, que transforma essa imagem em um impulso nervoso e a transmite para o sistema nervoso central, onde é processada e elaborada.

Enxergar envolve a córnea, uma lente responsável por convergir os raios luminosos. Estes atravessam a pupila, orifício que abre e fecha e é formado por músculos (íris), como o diafragma de uma máquina fotográfica. Estes raios continuam e uma segunda lente, chamada cristalino, converge novamente a imagem.

O cristalino, por sua vez, é ligado a músculos que permitem que ele se alongue ou encurte para focar objetos conforme a distância onde se encontram. Finalmente a imagem atinge a retina, onde existem milhões de células fotorreceptoras que traduzem a luz em potenciais de ação, ou seja, discriminam comprimentos de ondas para possamos ver cores e distinguir intensidades da luz para uma grande precisão visual.

Após a recepção da luz, feita pelos olhos, a informação correrá pelos nervos ópticos que saem de cada olho.

Qualquer alteração no trajeto dos raios luminosos acarreta um distúrbio visual. Vamos conhecer alguns deles:

Catarata: o cristalino está opacificado e a imagem não atinge com nitidez a retina, necessitando da troca do cristalino por uma lente artificial.

Miopia: No caso dos míopes, a imagem se forma antes da retina, resultando em uma visão embaçada, neste caso precisamos de uma lente esférica negativa.

Hipermetropia: Ao contrário dos míopes, nos hipermetropes a imagem se forma atrás da retina. A lente necessária para corrigir este erro refrativo é esférica positiva.

Presbiopia: também chamada de vista cansada, é uma alteração que aparece em torno dos 40 anos em todo mundo e evolui progressivamente até por volta dos 60 anos, uns mais cedo outros mais tarde, como resultado da perda da capacidade do cristalino em mudar sua forma.

Espero que este texto tenha auxiliado você a compreender um pouco mais sobre a capacidade da visão.

No próximo texto, abordarei a composição do olho humano.

Até lá!

Abraço,

Marcelo Creppe

 

Marcelo Creppe – Oftalmologista

CRM 82218-SP / RQE 41042 / CBO 104.343

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