O Inverno está chegando. Uma estação repleta de coisas deliciosas para fazer: se aquecer com café, chocolate quente, chás, delícias que se tornam ainda melhores por causa do frio. É também o momento de usar roupas bonitas, como aquele casaco favorito, um cachecol ou outra roupa que você comprou e ainda não teve a chance de vestir, além de ser a fase de dividir, afinal, doar aquece o coração. Outra cena do período frio: assistir a um bom filme embaixo do cobertor, ainda mais se estiver de férias…

Mas o inverno pode ser um pesadelo por conta da maior incidência de gripes, conjuntivites e problemas respiratórios. Tome cuidado!!!

A conjuntivite é registrada o ano todo, mas, no inverno, a aglomeração e o descuido com a higiene das mãos e objetos potencializa essa doença, cuja causa pode ser alérgica (não se transmite) ou infecciosa (transmissível por vírus ou bactéria).

No caso da conjuntivite contagiosa, devo alertar que bactérias e vírus não têm asas para voar, ou seja, ao contrário do que diz o mito, a conjuntivite não é transmitida pelo ar, mas é possível contrair essa doença pelo simples contato com o rosto ou as mãos de uma pessoa que ainda está em fase de contágio. Outra forma de contaminação é levar as mãos contaminadas por objetos contaminados (mouse, celular, aperto de mão) aos olhos.

Nesse sentido, para se prevenir a conjuntivite, é muito importante lavar as mãos com frequência. Para os que já estão com a doença, é fundamental tomar outros cuidados, como não colocar as mãos nos olhos para evitar a recontaminação e evitar coçá-los para diminuir a irritação na região.

Outras recomendações fundamentais são lavar as mãos antes e depois de aplicar algum medicamento, não encostar o frasco do medicamento nos olhos, além de suspender o uso de lentes de contato.

É importante que quem esteja com conjuntivite procure sempre um oftalmologista para o devido diagnóstico e tratamento.

A conjuntivite bacteriana tem tratamento diferente da viral. Neste caso, são necessários colírios com antibióticos para que ela suma de uma vez por todas.

Não existem tratamentos que curem definitivamente a doença viral nos olhos. Nesse caso, os medicamentos e procedimentos recomendados existem para aliviar o incômodo dos sintomas.

Para o tipo alérgico, é importante tratar a causa da alergia em geral e não somente os olhos, assim se deve identificar e evitar o contato com o alérgeno que provocou todo o quadro.

Os sintomas comuns para identificar a conjuntivite são percebidos ao acordar: a região dos olhos fica inchada e com secreções, além de vermelhidão, ardência, coceira, sensação de areia nos olhos, também pode haver sensibilidade aumentada à luz.

Não se esqueça: com adultos é fácil não deixar a doença se propagar para as outras pessoas da casa ou da empresa. Os cuidados básicos de higiene como lavar as mãos, usar álcool em gel, não cumprimentar com beijos no rosto de pessoas contaminadas, limpar o teclado e mouse da estação de trabalho com álcool, não compartilhar toalha, resolvem o problema da contaminação.

Quando existem crianças isso se torna mais difícil. Nesse caso, é fundamental evitar contato com pessoas contaminadas ou sob a suspeita de contágio, lavar as mãos da criança constantemente com água e sabão ou, se não for possível, utilizar álcool em gel, lavar os brinquedos laváveis e higienizar com álcool aqueles que não se pode molhar, além de desinfetar os espaços compartilhados em que se reúnem muitas crianças.

Lave sempre muito bem as mãos, apesar da água gelada, para que o inverno seja encarado com muita saúde.

 

Abraços!!

Marcelo Creppe

 

Marcelo Creppe – Oftalmologista

CRM 82218-SP / RQE 41042 / CBO 104.343

 

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