Em uma pessoa que enxerga bem e não precisa de óculos, a visão é obtida com o foco do objeto visualizado sobre a retina. Quando o olho é menor do que o habitual ou o conjunto córnea/cristalino produz o foco atrás da retina, isso é chamado de hipermetropia.
Os bebês nascem hipermetropes e, com o crescimento do olho, o foco, que era localizado atrás da retina (hipermetrope), começa a se formar sobre a retina (emetrope). Quando o olho cresce muito, o foco é obtido na frente da retina (míopes), como mostra a imagem que ilustra este texto.
A hipermetropia, antes dos 40 anos de idade, dependendo do grau, pode não causar nenhum sintoma, pois antes dessa idade o musculo ciliar e cristalino podem compensar esse problema com um processo denominado acomodação. À medida em que o grau de hipermetropia é maior ou a pessoa fica cansada, podem aparecer os sintomas, como:
– Dores de cabeça após esforços visuais.
– Embaçamento visual para perto.
– Fadiga ocular com a necessidade de apertar os olhos para melhorar o foco.
– Sensação de dor ou ardência ao redor dos olhos ao ler ou ficar no celular/tablete/PC.
– Falta de concentração.
– Olhos lacrimejando ou que piscam em excesso.
Em alguns casos também pode aparecer o estrabismo em decorrência da hipermetropia alta.
Após os 40 anos de idade o cristalino e o músculo ciliar começam a perder a capacidade de acomodação, e assim inicia-se a presbiopia, que é a dificuldade visual para perto após a quarta década de vida.
A hipermetropia pode ser corrigida com o uso de óculos, lentes de contato ou por meio de cirurgia.
Cuidar da sua visão é muito importante e mesmo com hipermetropia é possível levar uma vida normal, se indicado o tratamento adequado. A prescrição deve ser realizada por um médico oftalmologista.
Espero ter ajudado!!!!
Abraços!!!
Marcelo Creppe
Médico oftalmologista CRM 82218-SP / RQE 41042 / CBO 104.343