O modo como vivemos atualmente, com urgência até para coisas não urgentes, nos leva a um nível de estresse bastante elevado. A hiperconexão, a polarização ideológica, as pressões de influência e a valorização exacerbada para estar presente nas mídias têm contribuído para o aumento do nível de estresse. E a pandemia piorou ainda mais esse problema.
Normalmente o estresse é uma reação natural do organismo para nos preparar no enfrentamento de um perigo, uma ameaça, uma prova ou partida esportiva. Quando pequeno e controlado, é até benéfico, mas quando em níveis elevados pode desencadear problemas de saúde de leve a grave consequências, sendo, inclusive, considerado uma doença.
Alguns sintomas sistêmicos são dores, tensão muscular, insônia, agitação, cansaço excessivo, irritabilidade.
Os olhos também podem apresentar sinais de estresse. Um exemplo bastante comum são os tremores e espasmos involuntários de pálpebras. Também pode desencadear dores de cabeça, sensação de vista cansada, visão turva, coceira e ardência, ressecamento dos olhos.
Esses sintomas podem aparecer tanto em pessoas com altos níveis de estresse quanto em pacientes com um quadro de fadiga ocular, que é resultado de um esforço excessivo dos olhos ao realizar uma atividade por horas seguidas, como ler, dirigir ou ficar concentrado em aparelhos eletrônicos, casos de celulares e computadores.
Para quem tem necessidade de utilizar lentes corretivas, a prescrição correta e atualizada ajuda, além, é claro, de medidas para diminuir o estresse, como atividades físicas regulares, realizar atividades que tragam satisfação a pessoa, como hobbies, técnicas de relaxamento e respiração e aceitar o que não se pode mudar.
Espero ter ajudado!
Abraços,
Marcelo Creppe
Médico Oftalmologista
CRM 82218-SP / RQE 41042 / CBO 104.343