Silenciosa, hipertensão também pode afetar visão

26 de abril é o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial 2021. Esta data visa conscientizar a população sobre a importância do problema no Brasil. A hipertensão arterial atinge 35% da população brasileira, além de ser responsável por desencadear até 80% dos casos de derrame cerebral e 60% dos casos de ataque cardíaco registrados em nosso país, segundo dados do Ministério da Saúde.

A hipertensão arterial pode acometer crianças, adolescentes, adultos e idosos de ambos os sexos. Silenciosa, a doença provoca o estreitamento das artérias e faz com que o coração precise bombear o sangue com cada vez mais força para impulsioná-lo por todo organismo e depois recebê-lo de volta.

Há fatores ambientais, comportamentais e genéticos que participam de forma expressiva no desenvolvimento da hipertensão durante toda a vida.

Estão no topo dos principais fatores de risco para o aumento da pressão arterial:

– Obesidade.

– Sedentarismo.

– Tabagismo.

– Estresse.

– Hábitos alimentares inadequados, como ingestão elevada de álcool, sal e gordura,

O diagnóstico da hipertensão pode ser feito por meio da medida da pressão arterial. O médico oftalmologista participa ativamente na prevenção e diagnóstico desta doença quando realiza o exame de fundo de olho. Isso mesmo! Você sabia que a pressão alta também pode afetar os olhos?

Além de ser um fator de risco para o desenvolvimento de problemas no coração, essa disfunção pode ocasionar a retinopatia hipertensiva, que ocorre quando a pressão arterial elevada afeta os vasos sanguíneos da retina.

Os sintomas mais comuns da retinopatia hipertensiva são:

– Perda de visão (que pode ser transitória ou permanente nos casos mais graves).

– Sensibilidade à luz.

– Dores de cabeça.

– Visão dupla. 

A retinopatia hipertensiva não tem cura, pois não há um tratamento específico para restaurar as lesões vasculares na retina, o que reforça ser fundamental o controle adequado da hipertensão arterial sistêmica.

O tratamento da hipertensão deve ser feito por meio da correção de hábitos alimentares pouco saudáveis e do combate ao sedentarismo. Na maioria dos casos, também é necessário que o paciente faça uso de medicamentos prescritos pelo médico cardiologista.

Existem grupos de risco para desenvolver a hipertensão: após os 65 anos, as mulheres são as mais atingidas pela doença; entre os jovens, o problema é mais comum em homens. Em função de fatores genéticos, o risco aumenta no caso de negros e latinos. De maneira geral, indivíduos que convivem com altos níveis de estresse, dormem pouco ou que abusam do consumo de substâncias como álcool e sal têm grandes chances de desenvolver a doença.

Espero ter ajudado!!!

Abraços!!

Marcelo Creppe

Médico oftalmologista CRM 82218-SP / RQE 41042 / CBO 104.343

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